Oitava de Páscoa traz para a liturgia o mistério da ressurreição de Cristo

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Com a celebração da Ressurreição do Senhor, na Vigília do Sábado Santo, a Igreja entra no Tempo Pascal, formado por sete semanas até a Solenidade de Pentecostes. Dentro desse período, tem-se a chamada “Oitava de Páscoa”, que é o conjunto dos primeiros oito dias do Tempo Pascal, iniciados no domingo após a Vigília da Ressurreição.

Cronologicamente são oito dias, mas o arcebispo de Passo Fundo, dom Rodolfo Luís Weber afirma que para a liturgia católica esses dias são como se fossem um só. “O fato pascal é tão importante que não cabe num só dia, pois ele dá origem ao cristianismo”, aponta.

Neste sentido, a Oitava Pascal traz para o centro da celebração litúrgica da Igreja o mistério da Ressurreição de Jesus Cristo. “O fato inusitado da ressurreição de Jesus Cristo abre uma nova visão sobre Deus e para os seguidores de Cristo, os cristãos”, afirma dom Rodolfo.

Mas, afinal, o que se celebra?  Segundo o padre Luiz Camilo Júnior, missionário redentorista, no passado a oitava pascal era um tempo especial de contato com a fé para os que tinham sido batizados na Vigília Pascal. “No batismo, eles recebiam a veste branca, e esta era tirada no final da Oitava Pascal. Era momento para aqueles que renasceram pelo Batismo poderem experimentar a vida nova em Cristo”, explica.

Nessa perspectiva, padre Luiz Camilo Júnior afirma que a Oitava Pascal é um convite aos cristãos para fazerem de suas vidas uma contínua Páscoa, um tempo de renovar a confiança no Senhor, colocando em suas mãos suas vidas e os seus destinos. “É um tempo para que, ressuscitados com Cristo, aprendamos a buscar as coisas que são do alto”, finaliza.

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