A mensagem do Papa Francisco sobre o cuidado da Criação é contundente quando afirma que “estamos espremendo os bens do planeta. Espremendo-os, como se fosse uma laranja”. É por isso que o Pontífice encoraja todas as pessoas a tomarem consciência da grave “dívida ecológica”, resultado da exploração dos recursos naturais e da atividade de algumas multinacionais que “fazem fora de seus países o que não é permitido nos seus.”
Um exemplo para a desproporção dos recursos, segundo relatórios internacionais, é que quase um bilhão de pessoas vão dormir com fome todas as noites. Isso acontece não porque não haja comida suficiente para todos, mas por causa da profunda injustiça na maneira como a comida é produzida e distribuída. Entre as causas estão: o aumento do poder empresarial na produção de alimentos, a crise climática e o acesso injusto aos recursos naturais, o que afeta a capacidade das pessoas de cultivar e comprar alimentos.
A exploração de recursos naturais não-renováveis, incluindo o petróleo, o gás, minerais e madeira, tem sido frequentemente identificada como um dos fatores desencadeadores, impulsionadores ou sustentadores de conflitos violentos em diferentes partes do mundo.
A promoção da ecologia integral
O Pe. Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, declarou que, “nestes tempos de pandemia, estamos mais conscientes, como o Santo Padre já disse várias vezes, da importância de nossa Casa Comum, o que nos recorda a necessidade de cuidar dos bens do planeta”. O padre lembrou que, em maio deste ano, Francisco divulgou uma mensagem em vídeo para a Semana Laudato Si’ com o convite de “responder à crise ecológica, ao grito da terra e ao grito dos pobres”.
O diretor, então, encorajou à oração, junto com o Papa, e finalizou:
“Hoje, mais do que nunca, temos que ouvir esse clamor e promover concretamente, com um estilo de vida pessoal e comunitário sóbrio e solidário, uma ecologia integral. Vamos rezar por isso porque é um caminho de conversão.”