Vatican News
“Irmãos e irmãs de todas as tradições religiosas. Desta terra, há milênios, Abraão começou a sua viagem. Hoje cabe a nós continuá-la, com o mesmo espírito, caminhando juntos pelos caminhos da paz!
“Sois todos irmãos” é o lema da 33ª Viagem Apostólica do Papa Francisco, que o leva desta vez como mensageiro de paz ao Iraque. Antes de deixar a Casa Santa Marta, pouco antes das 7 horas, o Santo Padre teve um encontro com 12 refugiados iraquianos, atendidos pela Comunidade de Santo Egídio e pela Cooperativa Auxilium. Presente no encontro o Esmoler Pontifício, cardeal Konrad Krajewski.
Após, o Papa dirigiu-se ao Aeroporto de Fiumicino, em Roma, onde o aguardava para as despedidas Dom Gino Reali, bispo da Diocese de Porto-Santa Rufina, sob cuja jurisdição está o Aeroporto Internacional. Depois de subir as escadas do avião com máscara protetora, e carregando sua valise preta com livros e objetos pessoais, Francisco saudou parte da tripulação e acenou para os presentes no Aeroporto.
O avião decolou às 7h45. A bordo do voo, acompanha a viagem uma imagem de Nossa Senhora de Loreto. O séquito papal é formado, entre outros, pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, pelo prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri e pelo grão-mestre da Ordem Equestre do Santo Sepulcro, ex-núncio no Iraque e especialista em assuntos de Oriente Médio, cardeal Fernando Filoni.
Os 75 jornalistas que acompanham o Pontífice no avião da Alitália serão saudados brevemente durante viagem de ida e, na volta, como de costume, dirigirão perguntas ao Pontífice, na já habitual entrevista ao término de cada Viagem Apostólica.
O voo AZ 4000 do A330 da Alitália deverá aterrissar no Aeroporto Internacional de Bagdá ao meio-dia, hora local (+2 horas em relação à Itália), após percorrer 2.947 km em 4h30 e sobrevoar Grécia, Chipre, Israel, Jordânia, além de, naturalmente, Itália e Iraque. O Papa será recebido pelo primeiro-ministro, com quem manterá um breve encontro e a quem presenteará um Trítico, uma medalha de prata e uma edição especial da “Fratelli tutti”.
O telegrama ao Presidente Mattarella
No momento de deixar o território italiano, o Santo Padre enviou o habitual telegrama ao Presidente da República Sergio Mattarella com o desejo de prosperidade e serenidade estendido a toda a população. Em resposta o agradecimento do Chefe de Estado e a ênfase de que a presença do Papa no Iraque “representa para as martirizadas comunidades cristãs daquele país e de toda a região, um testemunho concreto de proximidade e de paterna solicitude”. Mattarella também destacou que a visita iraquiana é “um sinal de continuidade após a Viagem Apostólica aos Emirados Árabes Unidos” e “mais um passo no caminho traçado pela declaração sobre a fraternidade humana”.