Papa: a Igreja deve abrir-se e não se mumificar

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Cidade do Vaticano (RV) –

Ao concluir os Exercícios Espirituais de Quaresma, o Papa Francisco agradeceu ao Padre português José Tolentino de Mendonça pelas meditações propostas nesses cinco dias de retiro. O tema das dez reflexões foi “O elogio da sede”.

Antes de regressar ao Vaticano, o Pontífice se dirigiu ao Pe. Tolentino falando em nome de todos os seus colaboradores presentes em Ariccia, na Casa “Divino Mestre”. Eis as palavras do Papa:

“Padre, gostaria de agradecer, em nome de todos, por este acompanhamento nesses dias, que hoje se prolongarão com o dia de oração e jejum pelo Sudão do Sul, o Congo e também a Síria.

Obrigado, Padre, por nos ter falado da Igreja, por nos ter feito sentir a Igreja, este pequeno rebanho. E também por nos ter advertido a não “diminui-lo” com as nossas mundanidades burocráticas! Obrigado por nos ter recordado que a Igreja não é uma gaiola para o Espírito Santo, que o Espírito voa também fora e trabalha fora. E com as citações e as coisas que o senhor nos disse, nos fez ver como trabalha nos não crentes, nos ‘pagãos’, nas pessoas de outras confissões religiosas: é universal, é o Espírito de Deus, que é para todos. Também hoje existem os “Cornélios”, “centuriões”, “guardiões da prisão de Pedro” que vivem uma busca interior ou sabem também distinguir quando há algo que chama. Obrigado por esta chamada a nos abrir sem medo, sem rigidez, para sermos suaves no Espírito e não nos mumificar nas nossas estruturas que nos fecham. Obrigado, padre. E continue a rezar por nós. Como dizia a mãe superiora às irmãs: “Somos homens!”, pecadores, todos. Obrigado, padre. E que o Senhor o abençoe.”

 

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